A taxa de inadimplência subiu 5,33% em fevereiro deste ano, na comparação com o mês anterior, informou nesta quarta-feira (10) a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) em conjunto com o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).
Na véspera, a pesquisa da empresa de monitoramento de crédito Serasa Experian sobre o mesmo tema havia apontado uma retração da inadimplência em fevereiro. No mês passado, Frente a janeiro, a queda foi de 3,1%, de acordo com o levantamento da Serasa.
Segundo a CNDL e o SPC Brasil, entretanto, fevereiro foi o segundo mês consecutivo de aumento do indicador. Em janeiro o crescimento foi de 5,67% na comparação com dezembro do ano passado.
"O resultado expõe ainda o imperativo de abundantes obrigações financeiros do início do ano, a exemplo de impostos, taxas e reajuste de preços administrados", informou a pesquisa. Segundo a entidade, a alta da inadimplência em fevereiro deste ano também é reflexo das compras a prazo do fim de 2009.
Na comparação com fevereiro de 2009, a taxa de inadimplência também cresceu, em 0,75%. "Naquele período, em consequência da crise financeira, os consumidores evitavam prestações de longo prazo", avaliou a CNDL. Para o presidente da entidade, Roque Pelizzaro Junior, o crescimento foi "insignificante" nesta comparação.
Os números apontam, porém, para uma queda da inadimplência de 2,97% no acumulado do primeiro bimestre de 2010, na comparação com o mesmo período do ano passado. Isso se deve pela tendência de expansão "cada vez mais robusta" do consumo interno. "Nós devemos manter um índice baixo ou menor de inadimplência", estimou Pelizzaro Junior.
Consultas
As entidades informaram ainda que o número de consultas para compras a prazo e para pagamentos com cheques (indicador relacionado com o volume de vendas) teve queda de 7,72% em fevereiro deste ano, na comparação com o mês anterior. Contra fevereiro de 2009, houve crescimento de 5,85% e, no primeiro bimestre, foi registrada uma expansão de 6,25%.
A queda nas consultas, na comparação com janeiro, é explicada pelo aumento do endividamento devido aos impostos de início de ano, compras parceladas do Natal, além de gastos com matrículas e materiais escolares. Já o crescimento contra fevereiro de 2009 e também no primeiro bimestre é fruto da elevação do salário mínimo e da queda do desemprego.
g1.globo.com
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